Para marcar os 200 anos da independência do Brasil, o saguão do Palácio Pedro Ernesto inaugurou nesta terça-feira (6) a exposição fotográfica Ara’puka Peró (“armadilha de português”), do fotógrafo e cineasta Caio Clímaco. Com a curadoria dos professores Mauro Trindade e José Uratau, a exposição traz 60 imagens que representam uma verdadeira cartografia da cidade do Rio de Janeiro, com sua história, simbolismos, memória e relações de poder.
Caio explica que as imagens buscam oferecer um olhar contra-hegemônico da história do Brasil, capturando os símbolos do projeto colonial em suas formas de perpetuação no tempo e no espaço. “Como o Rio de Janeiro foi a capital do país em todos os períodos da história do Brasil (colônia, reino unido, império e república), a cidade carrega heranças e arapucas que estão espalhadas em diversos lugares. Portanto, a exposição trata de tentar reuni-las, sendo uma obra de reflexão a respeito dos territórios que se tornaram cariocas e as armadilhas que naturalizaram e glamourizarama barbárie, o genocídio, a riqueza e a dominação”, salienta. A exposição ficará em cartaz até o dia 23 de setembro, das 9h às 18h, com entrada gratuita.