Com a presença de diversas mães de crianças com deficiência, a Câmara do Rio lançou nesta segunda-feira (28) a Frente Parlamentar em Defesa da Educação Inclusiva, com o objetivo de propor políticas de inclusão social para as escolas municipais e pressionar o Poder Executivo para lidar com esse desafio.
De acordo com a presidente da frente, Luciana Boiteux (Psol), a educação inclusiva é a maior demanda hoje das unidades escolares, potencializada pela falta de profissionais e de uma estrutura adequada para atender aos estudantes. “Nos preocupa a condição das escolas, que precisam com urgência de salas de recursos profissionais capacitados, principalmente de professores especializados. Não podemos trabalhar na base da precariedade, com soluções de improviso”, disse.
Também presente ao lançamento, a vereadora Teresa Bergher (Cidadania) cobrou ação da Prefeitura. “Ultimamente, temos falado muito sobre leis aprovadas na Casa, mas de nada adianta se elas não estão sendo cumpridas, como é o caso da Lei 5.554/2013, de minha autoria, que trata da inclusão de alunos com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e superdotação. Uma das ações da norma é a garantia de prioridade de vagas para esses alunos em escolas próximas de suas casas, porém isso não tem sido feito”, denunciou. A parlamentar cobrou a aprovação de um instrumento que obrigue o Executivo a cumprir as leis aprovadas no município.
Para a vereadora Luciana Novaes (PT), a mudança na educação carioca só será possível por meio da união. “É muito importante mobilizarmos não apenas as pessoas com deficiência e seus familiares, mas toda a sociedade. Esse é um assunto de todos. Precisamos que o poder público olhe para as nossas crianças. Elas precisam de uma educação de qualidade, e esse não é um favor que estamos pedindo”, declarou.
Estiveram presentes no lançamento da Frente a vereadora Monica Cunha (PSOL); o deputado estadual Flavio Serafini; o deputado federal Tarcísio Motta; a defensora pública do Núcleo de Atendimento da Pessoa com Deficiência, Marina Magalhães; o defensor público da Coordenadoria da Infância e Juventude, Rodrigo Azambuja; o membro da Terceira Promotoria de Justiça e Tutela Coletiva de Proteção à Educação da Capital, Rogério Pacheco; a professora e pesquisadora da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Flávia Faissal; a rpresentante da Associação dos Deficientes Visuais do Estado do Rio, Fernanda Scholnik; e Alessandra Melo, fundadora do Movimento Trissomia 21.
Além de Boiteux, o colegiado é composto pelos vereadores Alexandre Beça (PSD), Átila A. Nunes (PSD), Carlo Caiado (PSD), Carlos Bolsonaro (Rep), Celso Costa (Rep), Dr. Carlos Eduardo (PDT), Dr. João Ricardo (PSC), Dr. Marcos Paulo (PSOL), Dr. Rogério Amorim (PTB), Eliseu Kessler (PSD), Felipe Michel (Progressistas), Marcelo Diniz (Solidariedade), Matheus Gabriel (PSD), Monica Benicio (PSOL), Niquinho (PT), Paulo Pinheiro (PSOL), Prof. Célio Lupparelli (PSD), Rafael Aloisio Freitas (Cidadania), Rosa Fernandes (PSC), Teresa Bergher (Cidadania), Vera Lins (Progressistas), Welington Dias (PDT), William Siri (PSOL) e Willian Coelho (DC).