A Câmara Municipal do Rio de Janeiro lamenta a morte da ex-vereadora Regina Gordilho e se solidariza com família e amigos. A parlamentar participou da 3ª legislatura do Legislativo carioca, e marcou o parlamento ao se tornar a primeira mulher a presidir a Mesa Diretora desta Casa, no biênio de 1989/1990. Um ano depois, ela passou a atuar como deputada federal.
Vida de luta
Nascida em 12 de maio de 1933, na cidade de Salvador, Regina Gordilho trilhou um caminho de dor e dificuldades até se tornar uma legisladora. Ela migrou para o Rio de Janeiro quando tinha apenas quatro anos de idade e aqui abriu a sua própria confecção de roupas. Mas a sua trajetória mudou completamente quando em março de 1987, o seu filho, o estudante de Educação Física e professor de natação Marcellus Ribas Gordilho, de 24 anos, foi morto por policiais militares na Cidade de Deus, em Jacarepaguá.
Com a absolvição dos cinco acusados pela morte do filho, Regina Gordilho começou a fazer mobilizações públicas para pleitear a punição dos criminosos e elegeu-se com o discurso de combate à impunidade e a violência policial.
Ela foi vereadora entre 1989 a 1991 e foi a primeira mulher a ocupar o cargo de presidente da Câmara Municipal do Rio de Janeiro até 1990, tendo como Vice-Presidente, o vereador e ex-jogador de futebol, Carlos Alberto Torres. No ano seguinte, a parlamentar elegeu-se deputada federal, permanecendo no Congresso Nacional até 1995. Gordilho integrou as bancadas do Partido Democrático Trabalhista (PDT), do Partido Republicano Progressista (PRP), do Partido de Reedificação da Ordem Nacional (PRONA) e do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).
Regina Gordilho encerrou a sua carreira política no fim da década de 1990, mas a luta contra a violência na cidade do Rio de Janeiro continuou. Ela fundou a Associação dos Parentes e Amigos das Vítimas da Violência.