A reportagem especial Cidadãos Invisíveis, da Rio TV Câmara, ficou em segundo lugar entre cinco finalistas no “I Prêmio Nacional de Jornalismo do Judiciário: 35 anos da Constituição Cidadã”. O concurso foi promovido pelos tribunais superiores do país: Supremo Tribunal Federal (STF), Superior Tribunal de Justiça (STJ), Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Tribunal Superior do Trabalho (TST) e Superior Tribunal Militar (STM). O programa já está disponível no YouTube.
A premiação aconteceu ontem (24), em Brasília, na sede do STJ, e contou com a presença de diversos ministros, membros do judiciário e representantes dos veículos de imprensa concorrentes. A Rio TV Câmara, por sua vez, foi representada pelo seu diretor, Alex Cunha, que destacou a importância desse reconhecimento para uma TV pública: "É o indicativo de que o nosso principal compromisso está sendo cumprido. Nosso papel, além de ser uma parte importante do processo legislativo, de ser um dos pilares do objetivo de dar mais transparência a uma casa legislativa, é levar conteúdo de serviços e informações capazes de fazer com que cada morador do Rio conheça seus direitos e encontre os caminhos para que ele seja aplicado".
O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, abriu o evento com um discurso que falou sobre a importância do jornalismo no mundo contemporâneo: “Nós nunca precisamos tanto, no Brasil, da imprensa quanto nós estamos precisando agora”. Após uma breve contextualização sobre o atual formato em que a informação é distribuída, entre outras coisas graças à tecnologia, o ministro reforçou: “É importante celebrar o jornalismo profissional, a imprensa tradicional, pois é preciso que ela reocupe o espaço da civilidade e do controle mínimo da autenticidade do que chega ao espaço público”.
Sobre a reportagem
A matéria foi exibida em março de 2023 no programa Câmara Rio Reportagem Especial, presente na grade da Rio TV Câmara há muitos anos, e abordou os problemas que passam as pessoas que não possuem registro civil, podendo tecnicamente serem consideradas “não-existentes” ou, portanto, “invisíveis” perante os governos e instituições responsáveis por gerir o setor público.
Entre muitos casos relatados, o programa conta também a história do catador de latinhas Batista Matheus, idoso com mais de 60 anos que ainda não possuía certidão de nascimento. A emissão do documento foi conseguida durante as gravações graças a ação “Justiça Itinerante”, do TJ-RJ, que promove serviços em um ônibus que se desloca pela cidade. Batista, com isso, conseguiu também iniciar o seu processo de aposentadoria.
A equipe responsável pela produção foi composta por: Sérgio Costa, Tiago Bruno, Vitor Gagliardo, Guilherme Coutinho, Marcos Monteiro, Tatiana Teitelroit, Jefferson Campos, Marcos Bremer, Marcos Silva, Alexandre Gomes, Caio Bernardes, Nelson Fonseca, Sheila Caroline, Felipe Paes, Andrea Chaves, Marcelo Vieira, Sandro Rodrigues, Juliana Aquino e Priscylla Almawy.