Diversos atos no centro do Rio marcaram os seis anos da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, vítimas de um atentado ocorrido no bairro do Estácio em 2018, e cuja investigação continua em andamento. Ainda não foram esclarecidos o motivo do crime e o mandante.
Ao longo do dia, duas manifestações passaram pela Câmara do Rio, local onde a parlamentar atuou por cerca de 13 meses e realizou mais de 100 proposições. Nas ocasiões, participantes dos atos exibiram cartazes e faixas pedindo por justiça e desfecho. Além do caso de Marielle e Anderson, foram lembrados outros casos de mortes não esclarecidas, como da jovem Kathleen Romeu, assassinada no Complexo do Lins em 2021 enquanto estava grávida.
A vereadora Mônica Benício (PSOL), que também é viúva de Marielle e organizou um dos atos, reforçou sua insatisfação pela longa espera: “Seis anos é muito tempo de espera. Cada ano sem justiça representa uma oportunidade perdida de confrontar a impunidade. A luta por justiça por Marielle não é apenas por ela, mas por todos os corpos que esse Estado julga descartáveis e que não protege, não garante direitos, cidadania e muito menos reparação às suas famílias. Lutamos para que vozes corajosas como a de Marielle possam ser ouvidas e respeitadas. Nossa indignação é combustível para construir um novo mundo, onde Marielles possam florescer sem temer por suas vida”.