Dando continuidade às discussões sobre as propostas do Poder Executivo para o ajuste fiscal do município, a Câmara do Rio recebeu, nesta quarta-feira (17), o secretário Municipal de Fazenda e Planejamento, Pedro Paulo Carvalho. A reunião ocorreu de forma híbrida na sala da Presidência, e além do presidente Carlo Caiado (DEM), contou com a presença de 20 vereadores.
O secretário Pedro Paulo apontou os principais pontos do Projeto de Lei Complementar Nº 4/2021, que cria o Novo Regime Fiscal do Município do Rio de Janeiro, estabelecendo normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, com a adoção de mecanismos de controle, estabilização e preservação do equilíbrio das contas públicas.
Alguns parlamentares questionaram que o projeto de lei pode limitar poderes do legislativo, além de atingir de forma mais contundente os servidores públicos. Outros defenderam que o Município precisa ter controle fiscal para sair da atual situação e recuperar a sua capacidade de investimentos.
O secretário destacou que a proposta baseia-se em indicadores que medem a capacidade do município obter financiamentos, com aval da União, ou crédito com as instituições bancárias. Pedro Paulo explicou que o município do Rio encontra-se na posição C, quando é preciso cumprir uma série de medidas de correção fiscal e não há o aval da União para pedir empréstimos aos bancos. Ele acredita que com a aprovação do projeto, o Rio possa subir para a nota B em um ou dois anos, quando as medidas de correção fiscal deixariam de ser obrigatórias, dando ao prefeito mais liberdade, inclusive para recompor a defasagem salarial dos servidores ou fazer planos de cargos e salários.
O presidente Carlo Caiado afirmou que devido à complexidade do tema, será necessário expandir o debate antes da apreciação da proposta apresentada. "Vamos buscar apoio de algumas instituições, como universidades, bem como realizar debates e audiências públicas para aprofundar a discussão", reforçou.